domingo, 23 de setembro de 2012

Capítulo 1 - Nosso amor e ódio eterno,

Larissa e a Paula se arrumavam pra sair. Era o último dia de férias de Larissa 
longe dos irmãos. Sua mãe havia falecido quando eles ainda eram 
crianças. Ela havia sido criada pelo pai enquanto os irmãos moraram com a
tia, irmã de seu pai. Sempre eles vinham passar os finais de semana em 
sua casa, e eram seus dias mais tediosos, pois eles eram controladores 
demais com ela. Muitos ciúmes, mimos e proteção. Não deixavam a menina 
sair, namorar, muito menos chegar perto de garotos, apenas do seu melhor
amigo Alexandre, do qual tinha outros interesses pela garota, que não 
eram correspondidos. Diziam que Larissa era uma criança ainda, apesar da
diferença pouca de idade. Agora eles iriam todos na mesma casa, com 
pai.
Eles haviam viajado para jogar handebol, era final do campeonato, o jogo foi
em uma cidade vizinha. O seu time, o Santo André, era um dos melhores 
da cidade e seu maior rival era o Anglo. Os times tinham históricos de 
rivalidade e automaticamente os atletas se odiavam.




As duas meninas iriam sair escondidas. Enquanto a Paula tomava banho, 
Larissa se vestia com uma calça jeans skinny e um tomara que caia rosa, 
calçou uma sandália de salto e esperou a outra para terminar a produção.
Paula saiu do banho, se vestiu com uma calça jeans e uma batinha 
amarela de alça fina e em seguida fizeram maquiagem, arrumaram o cabelo 
quando o celular de Larissa tocou, era o Alexandre.

–– oi Alê.
––Lari, eu vou demorar um pouquinho, meu pai ta demorando pra sair com
minha mãe e só depois que eles saírem que eu vou pegar o carro.
–– ah... Tudo bem, mesmo assim vamos esperar vocês na frente da minha casa.
–– ta beleza. Vou avisar ao Bruno também. Acho que em 40 minutos to passando aí.
–– ta bom Xande. Beijos.
–– ah Lari, para velho, não gosto que você me chame assim. Tchau.
Ela riu e desligou o celular.
–– o que foi Lari? –– a Paula perguntou.
–– o Ale vai demorar, o pai dele não saiu ainda pra ele pegar o carro –– Ela fez beicinho.
–– Putz! E se ele não sair?
–– vamos de táxi, ué! To doida pra sair hoje, não tem quem me faça deixar de ir pra boate –– deu língua pra outra.
–– vai fazer a festa hoje, hein?!
–– aproveitar amiga, amanhã de manhã os chatos estão aqui –– ela disse ao se jogar na cama, ficando pensativa.
–– chatos nada, gostosos –– Paula deu uma risada maliciosa.
–– você fala isso porque não é irmã deles –– Lançou um olhar de tédio a outra.
–– ainda bem, posso pegar qualquer um dos dois.
–– sua sem vergonha.
–– eu não! –– ela disse cínica –– amiga fala de verdade, você acha que o Mateus ficaria comigo?
–– sinceramente Paulinha? Sei não... Você sabe que ele não gosta de “pirralha” –– fez aspas com as mãos –– Agora o Fernando... Já não sei.
–– não quero o Nando, quero o Mateus.
–– você quer o impossível –– Larissa revirou os olhos.
–– obrigada por me animar, AMIGA –– ela disse cínica e as duas riram.
–– vamos logo descer –– Larissa a puxou pela mão.


Nosso amor e ódio eterno

Web escrita pela autora Piu e postada na comunidade web novelas, seduction ⋆ no orkut !


Corri atrás uma vez, não deu valor. Vá pra puta que pariu então.